sábado, 2 de novembro de 2013

O Espectro


Anda um triste fantasma atrás de mim



Segue-me os passos sempre! Aonde eu for,


Lá vai comigo…E é sempre, sempre assim


Como um fiel cão seguindo o seu Senhor!



Tem o verde dos sonhos transcendentes,



A ternura bem roxa das verbenas,


A ironia purpúrea dos poentes,


E tem também a cor das minhas penas!



Ri sempre quando eu choro, e se me deito,



Lá vai ele deitar-se ao pé do leito,


Embora eu lhe suplique:Faz-me a graça



De me deixares uma hora ser feliz!



Deixa-me em paz!…” Mas ele, sempre diz:


“Não te posso deixar, sou a Desgraça!”

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